Autoridades do Camboja despejaram hoje 20 famílias infectadas pelo vírus HIV na capital do país, Phnom Penh. As pessoas foram forçadas a se mudar para um pequeno assentamento na periferia. A Anistia Internacional afirmou que as casas em Tuol Sambo, 20 quilômetros de Phnom Penh, são feitas com placas de metal verde diferenciados e que os moradores chamam o local de “Vila da Aids”. Os despejos foram realizados sem a utilização de força, depois de uma semana de negociações. Grupos de direitos humanos disseram que os despejos são uma forma de segregação.

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“É trágico que o governo tenha escolhido criar uma colônia permanente para aidéticos onde das pessoas vão enfrentar grande estigma e discriminação”, disse Naly Pilorge, diretora da Liga Cambojana para a Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, em comunicado. Segundo ela, o novo local não tem água potável, eletricidade ou serviços médicos.

Funcionários do governo disseram que despejaram as famílias porque elas haviam se instalado ilegalmente em terras do Estado, onde o governo quer construir novos escritórios para o Ministério do Turismo. Moradores não infectados pelo HIV também forma despejados de Borei Keila, mas alguns foram transferidos para apartamentos. As 20 famílias retiradas hoje não tiveram essa opção.

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