O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu o cessar-fogo na Faixa de Gaza e a criação de um monitoramento internacional para mediar a crise. “A minha impressão é de que essa reação militar não conduzirá a um processo de paz. Porque você pode destruir todos os foguetes, todos os túneis – supondo que essas informações sejam corretas – vão surgir outros, infelizmente. O que é preciso é apostar em um processo de paz”, afirmou o ministro, em entrevista gravada para o programa Bom Dia Brasil, da TV Globo. Amorim ainda disse ter conversado por telefone com a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni.
“Eu tenho falado com vários ministros, mas sobretudo em Nova York, na tentativa de que o Conselho de Segurança (CS, da Organização das Nações Unidas) aprove uma resolução que leve ao cessar-fogo e que crie um monitoramento internacional. Eu disse que o Brasil – não estamos, no momento, no Conselho de Segurança – é um país que tem ampla interlocução internacional e que nós estávamos dispostos a ajudar no que fosse possível, para que conduzisse a essa a cessação das hostilidades”, afirmou.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha “com atenção” os acontecimentos na Faixa de Gaza e que a embaixada do Brasil em Tel Aviv e o escritório de representação, em Ramallah, têm mantido contato com a comunidade brasileira residente no local para oferecer assistência necessária. O ministério acrescentou que permanecerá atento à situação para assegurar “toda a proteção consular aos brasileiros eventualmente gerados pelo conflito”.