O chanceler brasileiro, Celso Amorim, afirmou ontem que a conferência ministerial preparatória para a reconstrução do Haiti, realizada ontem em Montreal, no Canadá, é parte do “Plano Lula”, já que foi o presidente Luís Inácio Lula da Silva quem sugeriu pela primeira vez a realização do encontro.

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“O primeiro a falar em uma conferência de doadores, quando outros ainda estavam incertos, foi o presidente Lula, na conversa com o presidente (dos Estados Unidos, Barack) Obama”, disse Amorim, repetindo o que havia afirmado no sábado, em Porto Príncipe. Na ocasião, ele citou pela primeira vez a expressão “Plano Lula”, ao ser questionado sobre se o Haiti deveria ter um Plano Marshall, o programa de recuperação da Europa depois da 2ª Guerra Mundial, adotado pelos EUA.

Em seu discurso, porém, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, não tocou no nome do Brasil. “Agradeço especialmente a Cuba e Venezuela, que vieram imediatamente nos ajudar”, disse. Ele agradeceu também, de forma genérica, ao Grupo dos Amigos do Haiti – do qual o Brasil faz parte. Mas, durante entrevista coletiva, Bellerive e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, agradeceram especificamente ao Brasil.

Mas os líderes canadenses deram destaque ao papel do Brasil no Haiti. No centro da mesa de debates, sentaram-se Bellerive e o chanceler canadense, Lawrence Cannon. Amorim sentou-se ao lado do haitiano e Hillary, ao lado do canadense.

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