O Brasil, que ocupa uma cadeira não permanente no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), reiterou hoje seu apoio à busca do Irã por energia nuclear “pacífica”. “O que queremos para o povo brasileiro é o que queremos para o povo iraniano, que é a expansão das atividades nucleares pacíficas”, afirmou o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em visita a Teerã.

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Amorim deu as declarações em conversa com o principal negociador nuclear iraniano, Saeed Jalili, informou um site da televisão estatal. Enquanto isso, potências lideradas pelos Estados Unidos pressionam internacionalmente por uma nova rodada de sanções no CS contra o Irã.

A reportagem diz que Amorim também afirmou a Jalili que o Brasil, como um dos 15 integrantes do CS, apoia os direitos nucleares do Irã e também sua participação ativa nas relações internacionais. De acordo com a imprensa estatal, Jalili disse que a política do Brasil de defender as nações que buscam energia nuclear para fins pacíficos ajuda a fortalecer a cooperação entre os dois países.

Em sua viagem, Amorim também realiza preparativos para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã, marcada para o mês que vem. O chanceler brasileiro chegou a Teerã hoje, tendo na agenda conversas com altos funcionários locais sobre o controverso programa nuclear iraniano. O ministro das Relações Exteriores brasileiro deve se encontrar também com o presidente Mahmoud Ahmadinejad.

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Pressão

A visita ocorre em um momento de pressão das potências internacionais por mais sanções ao Irã. O país já sofreu três rodadas de sanções no CS da ONU por se recusar a interromper seu programa de enriquecimento de urânio. Teerã alega ter somente fins pacíficos. Entretanto, países como EUA e França suspeitam que o regime iraniano busque fabricar secretamente uma bomba nuclear.

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O Brasil ainda não se posicionou publicamente sobre uma possível resolução com sanções ao Irã, mas tem defendido mais negociações no caso. Outras nações com assentos rotativos no CS, como Turquia e Líbano, também têm defendido o direito de o país utilizar a energia nuclear com fins pacíficos. As informações são da Dow Jones.