Criticando a demora dos países ricos em socorrer o Haiti, o chanceler Celso Amorim indicou que a ajuda dada pelo governo brasileiro, empresas nacionais, doações privadas, equipes de socorro e alimentos em espécie chegaria “perto de R$ 1 bilhão”. Amorim ainda alertou que as economias desenvolvidas “deveriam fazer mais” pelo Haiti.
Em entrevista aos jornais brasileiros, Amorim deixou claro que os países ricos precisam fazer mais pelo Haiti. “Eu acho que eles (países ricos) demoraram e podem fazer mais”, disse ele, evitando dar os nomes dos países criticados. Segundo a ONU, 66% do orçamento pedido para ajudar o pequeno país caribenho foi já enviado à entidade. Mas admite que já está revendo para cima o valor de quanto de fato custará a operação.
O chanceler reconhece que quer aproveitar o momento para adotar o maior número de decisões e compromissos políticos em relação ao Haiti, influenciando o destino do país no longo prazo. “Temos de fazer isso antes que a mídia mude seu foco para outro desastre internacional e que o Haiti fique em segundo plano”, disse. “Nosso problema é fazer muita coisa e muito rápido”, afirmou. “A pobreza existia antes do terremoto e não vai desaparecer quando as equipes de socorro e TVs forem a outro lugar.”