Supostos militantes de Abu Sayyaf que sequestraram uma mulher americana e seu filho no sul das Filipinas permitiram que eles falassem rapidamente com sua família nos Estados Unidos, em uma prova de que estão vivos e como maneira de pressionar pelo pagamento do resgate, disseram duas autoridades de segurança neste domingo.
A ligação por celular para os EUA foi rastreada a partir da província de Basilan, para onde homens armados de Abu Sayyaf teriam levado a cidadã americana nascida nas Filipinas Gerfa Yeatts Lunsmann, seu filho de 14 anos e o sobrinho de 19 anos depois de tê-los sequestrado na terça-feira em uma vila próxima, explicaram as duas autoridades Filipinas. Elas falaram sob condição de anonimato pois não têm autorização para falar com repórteres.
Forças do governo foram convocadas para garantir que os reféns não sejam levados para longe da área montanhosa onde acredita-se que até 100 militantes de Abu Sayyaf e outros aliados tenham levado os reféns, disse uma das autoridades por telefone.
Sequestros em busca de pagamento de resgate são há tempos um problema na região, e na maioria das vezes são atribuídos a Abu Sayyaf, grupo ligado à Al-Qaeda e notório também por bombardeios e decapitações.
O prefeito Celso Lobregat, da cidade de Zamboanga, disse que autoridades americanas informaram oficiais filipinos que os sequestradores ligaram para a família dos reféns e pediram dinheiro. Ele recusou-se a dar mais detalhes, incluindo se os sequestradores se identificaram. “Houve uma ligação para a família, e uma exigência foi feita”, disse Lobregat à AP.
Lunsmann, uma veterinária que mora no Estado de Virginia, nasceu em uma família muçulmana em uma vila da ilha de Sacol, perto de Zamboanga, onde ela e seu filho passavam as férias com parentes, disse o comandante regional da polícia, Felicisimo Khu Jr. Ela foi adotada por uma família americana quando criança e cresceu nos EUA. As informações são da Associated Press.