Funcionários haitianos e norte-americanos consideram julgar, nos Estados Unidos, os dez norte-americanos que foram detidos quando tentavam retirar um ônibus com crianças do Haiti sem documentos ou permissão para o transporte.

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A abortada “missão de resgate” realizada por fiéis de igrejas batistas de Idaho (EUA) tornou-se um problema para um governo que tenta fornecer serviços básicos para milhões de sobreviventes do terremoto.

O governo afirmou hoje que os norte-americanos – embora bem intencionados – devem se processados para que haja uma forte mensagem contra o tráfico de crianças. “Não deve haver questões sobre tirar nossas crianças das ruas e de nosso país”, disse a ministra das Comunicações Marie-Laurence Jocelin Lassegue. “Eles serão julgados…isso é importante.”

Desde a prisão, na sexta-feira, perto da fronteira, o grupo de fiéis é mantido dentro de duas salas de concreto no mesmo quartel-general judicial onde os ministro têm escritórios de campanha e recebem informações sobre o terremoto. Os integrantes do grupo não foram acusados formalmente.

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As 33 crianças, com idades entre 2 meses e 12 anos, tinham os nomes escritos em fitas adesivas coladas em suas camisetas. Elas estavam abrigadas num lar temporário, onde algumas delas afirmaram que tinham seus pais vivos.

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O governo do Haiti interrompeu todas as adoções, a não ser as que estavam em curso antes do terremoto, já que as crianças órfãs ou perdidas estão mais vulneráveis e podem ser capturadas ou vendidas. O tráfico de pessoas é muito grande no Haiti. Uma autorização pessoal do primeiro-ministro Max Bellerive é necessária para a saída de qualquer criança.

Os norte-americanos detidos incluem integrantes do Central Valley Baptist Church em Meridian, Idaho, e do East Side Baptist Church, em Twin Falls, Idaho. As igrejas fazem parte da Convenção Batista do Sul, que é a maior denominação Batista dos Estados Unidos e têm amplos trabalhos humanitários no mundo todo. Desta vez, porém, eles decidiram fazer sua própria “missão de resgate” após o terremoto.

Feridos

Na noite de ontem, os Estados Unidos retomaram os voos para retirar haitianos gravemente feridos pelo terremoto do dia 12 e levá-los para hospitais em território norte-americano, informou a Casa Branca.

Militares norte-americanos afirmaram no sábado que haviam interrompido as retiradas de feridos em estado grave em aviões. O motivo é que houve divergências sobre quem pagaria a conta desse transporte, os governos estaduais, o federal ou órgãos internacionais.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, o governo norte-americano trabalha para aumentar a cooperação com parceiros internacionais, como organizações não-governamentais e outros países, para ampliar o acesso a hospitais dos haitianos gravemente feridos.