Os países da América Latina pedirão aos países da União Européia na 5ª Cúpula América Latina, Caribe e União Européia, que acontece até sábado (17), em Lima, no Peru, ênfase na observância dos direitos humanos dos imigrantes
A diretora do Departamento da Europa, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixadora Maria Edileuza Fontenele, disse que o tratamento dados s pessoas com documentos irregulares é um dos pontos que merece reflexão.
É equivocado o entendimento de que uma pessoa indocumentada seja considerada uma pessoa que está em uma situação de ilegalidade. Não entendemos assim, nenhum estrangeiro no Brasil que esteja em situação irregular perante a imigração é considerado um criminoso por essa razão, disse.
Outro item que também integrará o documento final da cúpula, de acordo com a embaixadora, é o compromisso de negociar reduções no custo das remessas de dinheiro que os migrantes latino- americanos que vivem na União Européia fazem a seus países de origem.
As duas partes [a latina e a européia] estão se comprometendo, até o momento, a trabalhar no sentido de facilitar as remessas, disse.
Em 2007, a América Latina e o Caribe receberam US$ 66,5 bilhões de remessas de seus emigrantes espalhados pelo mundo, segundo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os dois principais destinatários são o Brasil e o México.
De acordo com os dados do BID, é da Espanha que vem a segunda maior fonte de remessas para a América Latina, superada apenas pelos Estados Unidos.
Na área ambiental, que compõe um dos eixos centrais de discussão na cúpula, Maria Edileuza adiantou que a União Européia deve propor a criação de um foro voltado para ações na área de combate as mudanças climáticas, o EuroClima.
Essa idéia ainda está em evolução e poderá ser criada no contexto da reunião de Lima, disse.
Há também a intenção da Espanha de criar a Fundação EuroLac, um mecanismo voltado para a promoção de ações nas áreas cultural e de desenvolvimento da região, com intercâmbio acadêmico.