A pesquisa foi realizada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pelo Escritório Regional para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O estudo assinala que os antecedentes disponíveis indicam que em 10 de 22 países a taxa de analfabetismo é igual ou superior a 10% e em cinco deles supera 20%.
No informe se propõem caminhos para atingir até 2015 as quatro grandes metas fixadas em diversos acordos internacionais: universalizar a educação pré-primária, assegurar a conclusão universal do ensino primário, elevar para 75% a cobertura da educação secundária e erradicar o analfabetismo adulto.
Segundo o documento conjunto da Cepal e da Unesco, os recursos totais necessários para atingir essas quatro metas antes de 2015 chegariam a quase US$ 150 bilhões. Essa cifra representa cerca de 7,5% do PIB do ano 2000 dos 22 países da região.
"Se o conjunto dos países considerados quiser ver cumpridas as quatro metas deverão gastar nos próximos 11 anos (entre 2005 e 2015) cerca de US$ 13,6 bilhões por ano", sustenta o documento.
Cepal e Unesco informam que para elevar para 75% a cobertura da educação secundária o custo seria de US$ 59,3 bilhões, cerca de 39,8% do total necessário para atingir as quatro metas.
Até o ano 2000, a taxa de matrícula no ensino secundário da população de 13 a 18 anos era de 62%, como média na região. O problema é que existe um alto nível de abandono (em oito países supera 15%), o que acarreta importantes perdas sociais.
No âmbito do ensino secundário, Argentina, Chile, Cuba e Jamaica já atingiram a meta de cobertura proposta.