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Vista parcial da Rocinha, no Rio:
a maior favela do continente.

Santiago – Um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), divulgado ontem, afirma que as condições de pobreza junto à desigualdade faz com que 44% da população da América Latina viva em favelas ou bairros precários, que só oferecem as condições mínimas para sobreviver.

A maior parte das favelas se concentra nas cidades, onde vivem três de cada quatro latinos, de acordo com o documento "Pobreza e precariedade do habitat na América Latina", preparado pela Cepal, que tem sede em Santiago.

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Do total de lares em bairros pobres, 76% apresentam problemas na qualidade de sua construção e de seus serviços básicos, além das questões de segurança. Em sua maioria, são lares encabeçados por mulheres que, por sua vez, acumulam o trabalho de dona-de-casa com o de chefe da família, mas nem sempre o estado de pobreza se deve à informalidade do trabalho do provedor da casa. "As famílias que vivem em favelas e casas precárias não necessariamente subsistem com base em empregos informais, assim como muitos lares que dependem de um trabalho informal desfrutam de uma boa casa", afirma o texto.

A situação de precariedade aumenta ainda mais nos bairros pobres localizados nas pequenas cidades dos países da região, aonde, em sua maioria, não chegam os recursos estatais. "O grande desafio é prover de saneamento adequado cerca da metade dos lares pobres existentes nos centros urbanos", assinala o documento. Nas áreas metropolitanas as condições de vida são menos agudas, mas seus habitantes são menos favorecidos quanto ao acesso regulamentado a residências no que diz respeito à posse.

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