As cerimônias de ontem (11) em Nova York, em Shanksville, na Pensilvânia, e em Arlington, Washington, foram realizadas sob o temor de um novo atentado da Al-Qaeda.

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Antes de participar das homenagens, o presidente americano, Barack Obama, reuniu-se com sua equipe de contraterrorismo e, durante todo o dia, esteve ao lado do seu conselheiro de Segurança Nacional, Tom Donilon.

Pela manhã, enquanto Obama seguia para Nova York, seu principal conselheiro para contraterrorismo, John Brennan, insistiu na decisão do governo de “não deixar pedra sobre pedra” na confirmação da suspeita de um suposto ataque da Al-Qaeda planejado para ontem.

O alerta sobre um possível atentado foi entregue pela inteligência americana a Obama na manhã de quinta-feira. “Não há nada confirmado. Mas ainda não estamos relaxados. Isso é uma tarefa contra o relógio, durante 24 horas e sete dias por semana, da comunidade de contraterrorismo dos EUA”, afirmou Brennan a um programa de televisão.

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Até o final da noite, a tentativa de ataque não havia sido confirmada pelas autoridades. Um avião foi escoltado por caças até a sua aterrissagem em Nova York por causa do comportamento suspeito de alguns passageiros. Duas pessoas teriam se trancado no banheiro e se recusaram a deixar o local, apesar dos pedidos da tripulação.

Obama ingressou ontem à noite no Kennedy Center para seu último evento do dia em homenagem às vítimas de 11 de setembro de 2001, o Concerto pela Esperança, com apresentações de canto lírico, de blues e country.

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Enfatizou a capacidade dos americanos manterem o princípio da liberdade nos últimos dez anos, inclusive religiosa, e lembrou novamente a declaração de seu antecessor, George W. Bush, logo depois dos ataques, “de jamais os EUA declararem guerra contra o Islã ou a qualquer religião”.

“(Depois de dez anos) nós não sucumbimos à suspeita e à desconfiança”, afirmou. “(Em algumas décadas, os americanos) saberão que nada pode quebrar a vontade do verdadeiros EUA.

Eles vão se lembrar que superamos a escravidão e a Guerra Civil; filas do pão e o fascismo; recessão e distúrbios; comunismo e, sim, terrorismo. Eles vão se lembrar que não somos perfeitos, mas que nossa democracia é durável. E que a democracia, mesmo repetindo as imperfeições do homem, também dá oportunidade para aperfeiçoarmos a nossa união.”

Depois da cerimônia no Marco Zero de Nova York, Obama e a primeira-dama, Michele, visitaram o memorial às vítimas do voo 93, que caiu nos campos de Shanksville, no Estado da Pensilvânia, e o prédio do Pentágono, em Arlington, atacado pelos sequestradores do voo 77.

De luto, o casal manteve-se de mãos dadas nas cerimônias e fez questão de cumprimentar, deixar-se fotografar, dar autógrafos e conversar com os parentes das vítimas e sobreviventes.