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Aloysio Nunes rebate críticas de Ciro à política externa brasileira na Venezuela

Para rebater as afirmações do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, que o governo brasileiro comete um erro “absolutamente grave” ao abdicar do papel de mediador do conflito na Venezuela, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou que os comentários são “descabidos”. Na entrevista concedida ontem à noite à Globonews, Ciro chamou o chanceler de “banana”.

“Ciro confunde veemência com agressividade”, escreveu Aloysio na conta dele no Twitter. “Dispara insultos, como o dirigido a mim na entrevista a GloboNews com a valentia dos que guardam prudente distância de suas vítimas.”

O ministro informou que o Brasil tem defendido “com toda ênfase possível” que a solução para a Venezuela deve ser encontrada pelos próprios venezuelanos, em negociação entre governo e oposição que garanta os direitos e garantias fundamentais, a libertação dos presos políticos, a independência entre Poderes e a realização de eleições livres, com observação internacional. Mas, acrescentou, os esforços de conciliação foram frustrados pela “indisposição” do presidente Nicolás Maduro ao diálogo. “Nem mesmo o Papa Francisco logrou êxito em persuadir as autoridades venezuelanos a buscar uma solução negociada para a crise”, frisou.

Nesse quadro, o Brasil tem pressionado em organismos internacionais para que os “autocratas” venezuelanos cumpram os compromissos de respeito à democracia assumidos por seu país. Para isso, tem utilizado foros como o Mercosul, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Grupo de Lima.

“Recordo que, na luta pela redemocratização do Brasil, a solidariedade internacional foi um precioso alento para os opositores ao regime de exceção”, escreveu o ministro. “Ciro Gomes ignora isto porque naquela época ele militava no partido de apoio à ditadura.”

Aloysio ressaltou também que o Brasil tem recebido refugiados venezuelanos em coordenação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. O País também tem sido claro em opor-se a “qualquer interferência de potência externa na definição dos rumos da Venezuela”. Ele não explicita, mas entre elas está a sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adotar uma “solução militar” para a crise na Venezuela.

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