O almirante da Guarda Costeira dos Estados Unidos Thad Allen afirmou que os esforços da companhia para interromper o vazamento de petróleo no Golfo do México conseguiram “estabilizar a boca do poço” e impedir a saída de petróleo e gás. Porém, o almirante e o diretor-gerente da British Petroleum (BP), Robert Dudley, alertaram em diferentes comunicados que a operação “top kill” para lacrar o poço e interromper o vazamento de petróleo na costa da Louisiana não está completa. Segundo Dudley, levará mais 24 horas para se saber se a BP está tendo sucesso na operação.
Allen disse em uma entrevista à rádio de Nova Orleans que, apesar de a operação ter impedido que os hidrocarbonetos vazassem do poço, ela ainda não tinha sido concluída. O principal agora, afirmou, é saber se a pesada lama que está sendo injetada exerce pressão suficiente para que os engenheiros avancem com uma operação para colocar cimento e selar o poço.
“A meta é colocar lama suficiente no fundo do poço até o ponto de não haver pressão dos hidrocarbonetos e, em seguida, permitir que uma tampa de cimento seja colocada no local”, afirmou. O poço da BP tem jorrado petróleo há bem mais de um mês, na sequência da explosão e do afundamento de uma plataforma utilizada pela companhia no Golfo do México. O óleo contaminou as praias e os pântanos da Louisiana e matou animais selvagens.
O vice-presidente de recursos naturais da BP para a América, Darryl Willis, disse que a companhia já pagou US$ 36 milhões em indenizações em razão do vazamento, principalmente pela perda de rendimento dos pescadores e dos produtores de camarões. A declaração do executivo foi feita antes de uma audiência no Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA. As informações são da Dow Jones.