Aliados do ex-primeiro-ministro da Tailândia Thaksin Shinawatra tentam desesperadamente permanecer no poder, mesmo depois de oferecerem o posto de primeiro-ministro a partidos menores, que abandonaram a coalizão e se uniram à oposição. A oferta foi feita um dia após o oposicionista Partido Democrata anunciar que estava pronto para formar o próximo governo, depois de reunir apoio de cerca de 250 congressistas do Parlamento tailandês.
O partido afirmou que um número suficiente de membros da coalizão pró-Thaksin desertaram para dar aos democratas os votos necessários para consolidar a maioria na casa. Buranaj Smutharaks, porta-voz do Partido Democrata, afirmou que o partido vai pedir na segunda-feira que o Parlamento realize uma sessão para atestar sua maioria e escolher o primeiro-ministro.
A disputa pelo poder retirou subitamente a Tailândia da paralisia política em que se encontrava quando a Aliança Popular pela Democracia, um grupo ativista anti-Thaksin, ocupou o escritório do ex-primeiro-ministro há seis meses. A campanha da Aliança culminou no longo fechamento do principal aeroporto internacional do país, em 25 de novembro.
Thaksin, que foi removido do cargo por um golpe militar em 2006 por suspeita de corrupção, permanece no centro da crise política da Tailândia. Ele deixou o país em julho deste ano e está vivendo nos Emirados Árabes Unidos, mas continua tendo forte influência sobre a política local e ainda é apoiado por boa parte da população empobrecida do país.