‘Ali Químico’ é condenado à morte por ataque a curdos

O iraquiano Ali Hassan al-Majid, famoso primo do ex-ditador Saddam Hussein e mais conhecido como “Ali Químico”, foi condenado à morte neste domingo por ter ordenado em 1988 um ataque com gás venenoso contra os curdos, que matou mais de 5 mil civis no vilarejo de Halabja.

Al-Majid já havia sido condenado à morte outras três vezes por crimes contra a humanidade no Iraque. Sobreviventes de Halabja, no entanto, queriam que o julgamento de “Ali Químico” pelo ataque contra os curdos fosse concluído antes da execução da sentença.

Parentes das vítimas de Halabja comemoraram no tribunal após a condenação de Al-Majid, um dos principais arquitetos do regime de Saddam Hussein e um dos últimos a ser julgado.

Al-Majid ganhou esse apelido por sua disposição em usar gás venenoso contra os curdos. O ataque de 1988 é considerado o pior deste tipo já realizado contra civis. Até hoje, muitas pessoas em Halabja ainda apresentam sequelas físicas do ataque com gás nervoso e mostarda, realizado ao final da guerra entre Irã e Iraque.

Tareq Aziz

Outro membro do alto escalão do regime de Saddam Hussein, o ex-ministro das Relações Exteriores Tariq Aziz, sofreu um grave derrame e foi transferido da prisão para um hospital militar americano em Bagdá, segundo seu filho Ziad Tareq Aziz.

Aziz, de 74 anos, ficou conhecido na época da invasão iraquiana ao Kuwait e durante a Guerra do Golfo, em 1991, quando era ministro das Relações Exteriores do regime de Saddam Hussein. Único cristão na cúpula do governo, Aziz era reconhecido por suas habilidades como negociador. Ele se entregou às forças americanas em 2003, duas semanas depois que Saddam havia sido deposto.

Em agosto do ano passado, Aziz foi condenado a sete anos de prisão por seu papel na expulsão de curdos do norte do Iraque durante o regime de Saddam. Cinco meses antes, ele havia sido condenado a 15 anos de prisão por participação no assassinato de dezenas de mercadores em 1992.

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