O diretor nacional do serviço aduaneiro do Uruguai, Luis Salvo, anunciou que destituirá altos funcionários dessa divisão, após ter prestado esclarecimentos no processo sobre subornos no aeroporto internacional de Carrasco, Montevidéu. Onze fiscais já foram processados pelo caso.
Salvo prestou depoimento à juíza Mariana Mota e ao procurador Gilberto Rodríguez sobre o funcionamento da alfândega e das operações no aeroporto.
O funcionário negou versões que afirmam que a Direção Aduaneira tinha conhecimento prévio sobre as irregularidades que a Justiça investiga, indicaram fontes judiciais à imprensa local.
As mesmas fontes acrescentaram que Salvo está “abatido” em conseqüência do processo contra 11 dos funcionários da direção, entre os quais, um havia sido recentemente designado a um cargo de confiança.
A investigação na alfândega começou há algumas semanas, a partir de informações fornecidas pelo senador José Mujica, da coalizão governista Frente Ampla, ao presidente Tabaré Vázquez.
Segundo as investigações judiciais, os fiscais exigiam “propinas” de 50 (US$ 2,56) a 2.000 pesos (cerca de US$ 100) para acelerar os trâmites alfandegários.