No dia em que foi realizada, em Washington, a Conferência de Segurança Nuclear, quando se discutiu até mesmo sanções para o Irã, o presidente em exercício José Alencar defendeu a possibilidade de os iranianos enriquecerem urânio para serem usados em artefatos nucleares para fins pacíficos.

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“Mesmo quando é para um artefato nuclear, é também para fins pacíficos porque é para dissuasão”, declarou Alencar. Seguindo a linha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alencar disse ainda que é importante que haja diálogo com o Irã, para não deixar o país isolado.

Para Alencar, o apoio do Brasil ao Irã, na questão do enriquecimento de urânio, “não é um problema ideológico, é um problema de solidariedade”. Segundo Alencar, “se o Irã está querendo desenvolver energia nuclear para fins pacíficos, nós também queremos”, justificando que um artefato bélico também pode ser usado para fins pacíficos porque pode ser usado como instrumento de defesa do seu país, para se proteger.

Questionado sobre o fato de o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, não ser considerado um líder confiável para ter armas nucleares, Alencar desconversou alegando que o Brasil tem por princípio a não intervenção em assuntos internos dos países. “É o estilo dele”, disse Alencar, defendendo, em seguida, a reforma do Conselho de Segurança da ONU.

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