Autoridades alemãs informaram nesta quarta-feira que indiciaram um homem de 88 anos, ex-soldado da SS nazista, por 25 acusações de assassinato. Ele teria participado de um dos maiores massacre de civis na França ocupada.

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O porta-voz do tribunal do Estado de Colônia, Achim Hengstenberg, disse que o suspeito, Werner C., cujo sobrenome não foi divulgado em razão das leis de privacidade alemãs, também foi indiciado por centenas de acusações por participação indireta no massacre ocorrido em Oradour-sur-Glane, sul da França, em 1944.

Promotores da cidade alemã de Dortmund afirmam que o suspeito atirou contra 25 homens, como integrante de um pelotão de fuzilamento, e ajudou tropas a bloquear e atear fogo a uma igreja, na qual dezenas de mulheres e crianças foram queimadas vivas. No total, 642 homens, mulheres e crianças foram mortos.

O advogado do suspeito, Rainer Pohlen, disse à Associated Press que seu cliente não nega ter estado na vila, mas afirma que não disparou um tiro sequer naquele dia e não esteve envolvido em quaisquer outros assassinatos.

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“Meu cliente contesta qualquer participação neste massacre, que ele considera um ato verdadeiramente terrível”, disse ele, acrescentando que o cliente tem colaborado totalmente com os investigadores.

O tribunal precisa decidir se vai adiante com o julgamento, mas os suspeito tem até 31 de março para responder às acusações. Se o caso for julgado, ele possivelmente será realizado num tribunal juvenil, pois os suspeito tinha apenas 19 anos na época do crime. O suspeito fazia parte da 3ª Companhia do 1º Batalhão do regimento “Der Fuehrer” da divisão “Das Reich” da SS.

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No dia 10 de junho de 1944, apenas quatro dias depois do desembarque na Normandia, o “Dia D”, a companhia atacou Oradour-sur-Glane em represália ao sequestro de um soldado alemão pela resistência francesa.

As tropas levaram os civis para celeiros e a seguir para a igreja, bloquearam as portas e atearam fogo em toda a cidade. Os que não foram mortos pelo fogo foram alvejados enquanto fugiam, embora alguns tenham conseguido escapar.

Oradour-sur-Glane é, ainda hoje, uma vila fantasma, com carros queimados e prédios abandonados. Fonte: Associated Press.