O governo da Alemanha fez um apelo nesta quarta-feira ao governo da Ucrânia a que providencie tratamento médico adequado à ex-primeiro-ministro do país, Yulia Tymoshenko, de 51 anos, que denunciou ontem ter sofrido espancamentos na colônia penal agrícola onde está presa e começou uma greve de fome em protesto. A ex-premiê afirma que foi socada no estômago e teve braços e pernas amarrados pelos carcereiros. A prisão nega que ela tenha sofrido maus tratos.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, disse que a Alemanha está “extremamente preocupada” com as acusações de espancamento e também com a greve de fome e pediu ao governo ucraniano que dê a Tymoshenko tratamento médico adequado. A Alemanha se ofereceu a receber Tymoshenko para que ela receba tratamento médico ou então a deslocar médicos alemães até a prisão agrícola onde ela cumpre pena de sete anos.
Tymoshenko foi condenada a sete anos de prisão por abuso de poder quando governou a Ucrânia em 2009. Ela teria assinado acordos para a compra de gás natural da Rússia que foram desvantajosos ao país. A Ucrânia é atualmente governada pelo presidente Viktor Yanukovich, rival de Tymoshenko.
As informações são da Associated Press.