mundo

Alemanha segue no acordo nuclear, mas observamos Irã com preocupação, diz Merkel

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou neste sábado que o seu país segue comprometido com o acordo nuclear internacional com o Irã, conhecido pela sigla em inglês JCPOA, mas observa “com preocupação” diferentes atividades de Teerã, “seja no Iêmen ou no programa de mísseis balísticos ou na situação na Síria”.

A declaração foi dada em entrevista coletiva ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na cidade alemã de Meseberg, quando a democrata-cristã apontou que o Irã seria um dos temas do diálogo entre os dois chefes de governo hoje.

“Falaremos também sobre o gasoduto. Na minha visão, se houver Nordstream 2, a Ucrânia também precisaria desempenhar um papel no transporte de gás para a Europa”, comentou Merkel. “Alegra-me que tenha sido possível iniciar tratativas entre a União Europeia, a Rússia e a Ucrânia”, acrescentou, em referência ao projeto bilionário para a construção de um gasoduto por meio do qual Estados-membros do bloco comprariam energia de Moscou.

A negociação em torno do gasoduto foi recentemente alvo de intensa crítica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que enxerga uma contradição entre o negócio bilionário e o fato de que Washington destina recursos para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sob o pretexto de defender países como a Alemanha da Rússia.

Ainda em relação à Ucrânia, a alemã falou que discutiria com Putin a possibilidade de uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) “que talvez pudesse desempenhar um papel no contexto da pacificação” da Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia.

Merkel destacou ainda ser necessário “evitar uma catástrofe humanitária” na Síria. “Ainda não há paz. A Alemanha valoriza a possibilidade de se colocar um processo político em curso, principalmente uma reforma constitucional e possíveis eleições”, complementou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo