A polícia da Alemanha está investigando 40 pessoas suspeitas de serem extremistas islâmicas e que podem ter entrado no país se passando por imigrantes. Nesta quarta-feira, autoridades alemãs demonstraram preocupação com a entrada de mais de 1 milhão de refugiados no país no ano passado.
A agência federal de investigação BKA recebeu 369 casos de imigrantes suspeitos de fazer parte de organizações terroristas ou islâmicas radicais desde o início da crise imigratória, segundo seu porta-voz. Desse número, 40 ainda estão sendo investigados por autoridades estatais e federais.
Em fevereiro, em uma varredura em espaços onde ficam refugiados, a polícia deteve dois argelinos suspeitos de fazer parte do grupo ligado ao Estado Islâmico que pode ter planejado um ataque em Berlim. Em ações assim, os investigadores descobriram também que Salah Abdeslam, suspeito de ser o único sobrevivente com envolvimento direto nos ataques a Paris em novembro, viajou à Alemanha dias antes para buscar pelo menos duas pessoas na cidade de Ulm.
A polícia e oficiais de segurança avisaram que centenas de milhares de imigrantes entraram no país no ano passado sem o registro apropriado, enquanto autoridades tentavam contornar a situação e recebiam mais de 10 mil imigrantes por dia.
“Eu não estaria contando um segredo se dissesse que estou preocupado com o alto número de imigrantes, cujas identidades não sabemos com certeza, porque eles entraram sem passaportes válidos”, disse Hans-Georg Maassen, líder da agência de investigação doméstica da Alemanha na semana passada.
Maassen acrescentou que é possível que o Estado Islâmico tenha usado a rota dos Bálcãs para transmitir terroristas como imigrantes, principalmente como um meio de mostrar suas habilidades e de espalhar medo. Fonte: Dow Jones Newswires.