A polícia do leste da Alemanha informou ter pedido aos organizadores de uma marcha anti-imigração para encerrá-la devido a preocupações com segurança e por ela ter excedido o limite de tempo autorizado. Os protestos nacionalistas da noite de sábado (horário local) na cidade de Chemnitz lembraram o assassinato de um alemão na semana passada. Os suspeitos são imigrantes da Síria e do Iraque.

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Líderes do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) e do grupo populista Europeus Patrióticos Contra a Islamização do Ocidente usavam ternos escuros e seguravam rosas brancas quando começaram o que chamaram de “marcha de luto” no sábado à noite. Milhares de pessoas os acompanharam em Chemnitz. Muitos participantes seguravam bandeiras alemãs e cartazes de supostas vítimas de atos violentos provocados por migrantes.

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A polícia do Estado da Saxônia disse que a marcha atraiu cerca de 4,5 mil participantes. A presença maciça de policiais tentava manter a multidão longe de um outro protesto com 4 mil pessoas, de pessoas que se opõem à postura anti-imigração. Os campos opostos se confrontaram violentamente na segunda-feira, chocando moradores de outras partes da Alemanha.

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O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, disse que entende por que as pessoas “estão preocupadas com o brutal assassinato” de um cidadão alemão. Segundo o Funke Media Group, Seehofer afirmou que, apesar do medo e da raiva, “não há desculpa para a violência” em Chemnitz.

A firme postura de Seehofer sobre migração o colocou em desacordo com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. No entanto, ele enfatizou uma mensagem de unidade. “Precisamos de um Estado forte e temos que fazer tudo politicamente para superar a polarização e divisão de nossa sociedade.”

A extrema direita da Alemanha buscava nos protestos deste fim de semana a união de diferentes grupos nacionalistas em um movimento nacional anti-imigração. Fonte: Associated Press.