A Alemanha pediu que a Arábia Saudita e o Irã deem início a um diálogo, após o governo saudita decidir ontem cortar relações diplomáticas com os iranianos, em meio a tensões sectárias geradas pela execução de um clérigo dissidente.
No sábado, a Arábia Saudita executou 47 prisioneiros, incluindo Nimir al-Nimir, um proeminente clérigo xiita. Em reação, muçulmanos xiitas condenaram a execução do clérigo, durante manifestações em cidades como Teerã e Beirute, e defenderam a queda do governo saudita. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse, por sua vez, que a Arábia Saudita enfrentará um castigo divino pela execução de al-Nimir.
“A execução de Nimir al-Nimir junta-se a nossas preocupações de que a tensão na região pode aumentar”, declarou hoje o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert. “Pedimos aos dois países que se engajem num diálogo.”
Segundo Seibert, Berlim condena a execução dos prisioneiros pela Arábia Saudita e a pena de morte é uma punição desumana que a Alemanha rejeita em quaisquer circunstâncias. Fonte: Dow Jones Newswires.
