Alemanha investiga ameaça de destruição de barragens

Dezenas de milhares de pessoas foram retiradas de suas casas neste domingo no leste da Alemanha, onde o rio Elba transbordou e rompeu um dique de contenção. Mais ao leste, as águas do rio Danúbio avançavam em direção a Budapeste, onde soldados húngaros e voluntários erigiam barreiras improvisadas, informaram autoridades. Simultaneamente, autoridades do Estado alemão de Saxônia/Anhalt investigam uma aparente ameaça de destruição proposital de barragens.

Diversos órgãos de imprensa da Alemanha afirmam ter recebido cartas contendo ameaças de destruição de barragens no Elba, disse Holger Stahlknecht, secretário estadual de Interior. “Estamos levando a ameaça a sério”, afirmou. Stahlknecht disse ainda que a vigilância perto das barragens foi reforçada e pediu à população que permaneça calma.

Em Magdeburgo, no leste da Alemanha, mais de 23 mil moradores precisaram sair de suas casas. Diversos imóveis e ruas da cidade ficaram embaixo da água e o fornecimento de energia elétrica foi interrompido, segundo a agência de notícias DPA.

Mais 8 mil pessoas foram retiradas de Aken e povoados adjacentes depois do rompimento, ocorrido ontem, de um dique construído no Rio Elba, disse Uwe Holz, porta-voz da polícia. Mais ao norte, moradores erigiam barragens às margens do Elba na tentativa de impedir que o rio invadisse mais cidades.

Em Budapeste, partes do norte e do sul da capital da Hungria já estão alagados, mas o centro de Budapeste, onde situam-se o Parlamento e diversos grandes hotéis às margens do rio, parecia fora de risco iminente, já que as barreiras para deter as enchentes alcançavam 9,3 metros de altura.

De acordo com autoridades húngaras, quase 8 mil voluntários e especialistas participaram da construção e agora monitoram a barreira de contenção para observar possíveis vazamentos. Mais de 1 milhão de sacos de areia foram usados.

Até agora, 21 mortes relacionadas às enchentes foram confirmadas na região central da Europa. As chuvas causaram extensos danos na Alemanha, na Áustria, na Eslováquia, na Hungria e na República Checa. Fonte: Associated Press.

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