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Alemanha inicia campanha eleitoral, com forte corrida pelo terceiro lugar

O fim de semana, na Alemanha, foi marcado pelo início da campanha eleitoral para as eleições gerais, em setembro. A corrida pelo terceiro lugar, no entanto, pode direcionar o futuro político e econômico do país.

A chanceler alemã, Angela Merkel, parece uma aposta segura para seu quarto mandato, como líder da maior economia europeia. A aliança de centro-direita de Merkel abriu 15 pontos sobre o segundo colocado, o partido social-democrata de centro-direita, ou SPD, do candidato Martin Schulz.

O slogan da campanha de Merkel – “Para uma Alemanha em que vivemos bem e felizes” – canaliza um clima público com medo da mudança. Em um discurso de 40 minutos para apoiadores em Dortmund no sábado, Merkel nem sequer mencionou seu oponente pelo nome. No entanto, por trás da confiante Merkel e de Schulz, há quatro partidos menores em uma disputa pelo terceiro lugar, numa corrida que provavelmente determinará a composição do próximo governo e a direção política da Alemanha nos próximos quatro anos.

Merkel quase certamente precisará de um outro partido para governar. Apenas em uma vez, desde a Segunda Guerra Mundial, um partido único ganhou maioria absoluta. O atual governo de Merkel é uma “grande coalizão” que reúne os dois principais blocos políticos da Alemanha – os conservadores e os social-democratas, de Schulz.

Com a separação dessa coalizão para o próximo governo, os democratas livres e os ecologistas verdes, que têm o apoio de cerca de 8% dos eleitores nas pesquisas de opinião recentes, podem ser os parceiros juniores de Merkel. Os dois têm posições de política claramente diferentes. Os democratas livres desejam US$ 35 bilhões em cortes de impostos e tomariam uma linha mais difícil com os parceiros da União Europeia. Já os verdes querem uma integração mais profunda da UE, mais recursos para energia renováveis e uma política de refugiados mais liberal.

Dois outros partidos têm chance de formarem uma coalizão com o governo de Merkel. O partido radical de esquerda, descendente dos comunistas da Alemanha Oriental, que poderia puxar votos dos ecologistas verdes e dos social-democratas. Já o Alternativa para a Alemanha, anti-imigração, poderia conquistar votos de eleitores conservadores que estão desapontados com o governo de Merkel. Fonte: Dow Jones Newswires.

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