A Alemanha fechou uma pequena mesquita de Hamburgo que era frequentada pelos suspeitos de participação nos ataques de 11 de Setembro. Autoridades do país acreditam que o templo estava sendo usado novamente como ponto de encontro de radicais islâmicos. A mesquita de Taiba foi fechada e a associação cultural que a dirige foi suspensa.

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“Nós fechamos a mesquita porque o local era um ponto de recrutamento e encontro de radicais islâmicos que queriam participar da jihad, ou guerra santa”, disse Frank Reschreiter, porta-voz do Ministério do Interior do Estado de Hamburgo. Segundo ele, 20 policiais estavam realizando buscas no prédio e haviam confiscado materiais, incluindo vários computadores. Ele contou que não tinha informações sobre a realização de prisões.

As casas dos líderes da associação cultural também foram revistadas e os bens do grupo foram confiscados, informou o governo, em comunicado. O templo, que até alguns anos atrás era conhecido como mesquita de al-Quds, foi o local de encontro e recrutamento de alguns dos participantes dos ataques do 11 de Setembro antes de eles se mudarem para os Estados Unidos, disseram as autoridades. Mohamed Atta, o principal líder dos ataques e os participantes Marwan al-Shehhi e Ziad Jarrah estudaram em Hamburgo e frequentaram a mesquita de al-Quds.

Reschreiter disse que a mesquita esteve sob observação de funcionários locais de inteligência por “um tempo bastante longo” e esta foi a primeira vez que ela foi fechada. O ministro do Interior local afirmou que cerca de 45 apoiadores da jihad vivem na região de Hamburgo e cerca de 200 pessoas participam regularmente dos serviços religiosos na mesquita de Taiba. A página do grupo na internet foi retirada do ar hoje e não foi possível entrar em contato direto com nenhum de seus integrantes.

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Um relatório de 2009 feito pela divisão de Hamburgo da agência de inteligência doméstica revela que a mesquita havia novamente se tornado o “centro de atração no cenário da jihad” na cidade portuária no norte do país. O atual imã da mesquita é Mamoun Darkazanli, que foi interrogado após os ataques de 2001, depois que surgiu a informação de que ele participava dos mesmos círculos dos terroristas. Darkazanli, que tem cidadania alemã e síria, negou qualquer ligação com Osama bin Laden ou com os atentados.