A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu hoje que o governo do Irã faça uma completa recontagem dos votos da eleição presidencial realizada no dia 12 de junho e que as autoridades renunciem à violência contra os manifestantes. Em Roma, o ministro de relações exteriores da Itália, Franco Frattini, pediu que o Irã tome uma ação urgente para assegurar um fim pacífico para sua crise política.
“A Alemanha está ao lado das pessoas no Irã que querem exercer seu direito de livre expressão e liberdade para se reunir”, disse Mekel em um comunicado. “Eu exorto fortemente a liderança iraniana a permitir manifestações pacíficas, que renuncie ao uso da violência contra os manifestantes, liberte os membros da oposição detidos, permita a livre informação pela mídia e conduza a recontagem dos votos na eleição presidencial”, diz a nota. Merkel acrescentou que o Irã, assim como outros países, devem “respeitar plenamente os direitos humanos e civis”.
Em meio a massivos protestos nas ruas e acusações de fraude da oposição na eleição presidencial de 12 de junho, o órgão eleitoral do Irã expressou sua disposição de fazer uma recontagem parcial de 10% dar urnas. A oposição quer a realização de uma nova eleição.
Em Roma, o ministro Franco Frattini afirmou em nota: “Estamos preocupados e particularmente preocupados com o uso da violência e a perda de vida humana no Irã. Pedimos que o governo do Irã atue urgentemente para criar as condições para uma solução pacífica para a crise interna. A prioridade deve ser dar a proteção a vida humana acima de tudo”.
A Itália, que exerce a presidência do G-8 – grupo de países mais ricos, mais a Rússia -, convidou oficialmente o Irã para participar do encontro de ministros de Relações Exteriores do grupo entre os dias 25 e 27 de junho, na cidade italiana de Triestre, que irá abordar a crise no Afeganistão e no Paquistão.
“A Itália acredita que a solução para a crise deve ser buscada com base em um debate aberto e pacífico entre o governo e outras autoridades na sociedade iraniana”, disse o ministro. Frattini apontou que a Itália “respeita o Irã, sua soberania e reconhece seu importante papel na região”. Ele destacou em particular o seu papel na “estabilização do Afeganistão, onde o Irã pode fazer uma contribuição particularmente útil”. As informações são da Dow Jones.