Alemanha e França pedem alteração no plano de imigração da União Europeia

A França e a Alemanha expressaram nesta segunda-feira oposição às novas propostas da União Europeia (UE) de ajudar a Itália e a Grécia a lidarem com o grande fluxo de imigrantes que têm atravessado o mar Mediterrâneo.

A Comissão da UE anunciou anteriormente que tem um plano de realocar cerca de 40 mil sírios e eritreus ao longo dos próximos dois anos e a França e a Alemanha seriam um dos países que receberiam os imigrantes.

Os ministros do Interior da França e da Alemanha disseram em um comunicado que a fórmula “deve levar em conta os esforços já realizados pelos países membros em relação à proteção internacional e que outras formas de assistência devem ser estudas”.

A Comissão irá propor um sistema permanente no final deste ano para ser usado durante o período de maior fluxo imigratório, mas os dois ministros insistem que este sistema deveria ser “temporário e excepcional”.

Eles também disseram que os países da linha da frente como a Itália e a Grécia só podem esperar solidariedade de seus parceiros se eles “tomarem todas as medidas jurídicas e financeiras necessárias” para reforçar as fronteiras da UE.

A Itália e a Grécia têm sido acusadas por alguns países da UE de não barrarem os imigrantes recém-chegados de forma adequada, o que permite que eles imigrem mais para o norte da

Europa.

O comunicado dos ministros veio antes do início da reunião marcada para hoje com os ministros da Itália, Polônia, Espanha e Grã-Bretanha e autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia, na Alemanha, para discutir sobre a questão da imigração.

As propostas da Comissão sobre os refugiados devem ser aprovadas pelos países membros e pelo Parlamento Europeu.

Enquanto isso, a agência Frontex da UE disse no domingo que mais de 5 mil imigrantes chegaram na Europa pelo mar Mediterrâneo nos últimos três dias, vindos da Líbia.

“Esta é a maior onda de imigrantes que vimos em 2015” disse o diretor executivo da Frontex, Fabrice Leggeri.

Mais de 36 mil imigrantes chegaram à Itália desde janeiro. A Organização Internacional para as imigrações estima que 1.820 pessoas morreram ou desapareceram cruzando o mar Mediterrâneo neste ano. Fonte: Associated Press.

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