O Ministério de Relações Exteriores alemão confirmou o sequestro de dois cidadãos alemães nas Filipinas pelo grupo terrorista islâmico Abu Sayyaf, que recentemente declarou sua aliança ao grupo Estado Islâmico. A porta-voz do Ministério, Sawsan Chebli, afirmou que o governo organizou uma força-tarefa para determinar como os reféns podem ser soltos.
Uma mensagem em uma conta on Twitter atribuída ao Abu Sayyaf exige que a Alemanha encerre seu apoio à luta liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, de acordo com o SITE Intelligence Group, serviço de monitoramento de terrorismo internacional.
O grupo também ameaçou matar os dois reféns, a menos que a Alemanha pague um resgate de 250 milhões de pesos filipinos (US$ 5,6 milhões) até 10 de outubro, informou o SITE. O Ministério de Relações Exteriores alemão declarou que Berlim não vai ceder à chantagem. “As ameaças são inapropriadas e nossa política na Síria e no Iraque não vai mudar como um resultado disso”, afirmou Chebli.
O sequestro dos alemães, que de acordo com o SITE aconteceu em abril, destaca a influência do Estado Islâmico além do Oriente Médio. No início do mês, um grupo ligado ao Estado Islâmico sequestrou um turista francês na Argélia e ameaçou matá-lo, a menos que Paris mudasse sua política contra o Estado Islâmico.
No último mês, Berlim decidiu entregar armamentos antitanque e armas para ajudar combatentes curdos no Iraque a lutar contra o Estado Islâmico no norte do país, quebrando uma postura pacífica adotada no final da Segunda Guerra Mundial. Até o momento, a Alemanha não contribuiu com os EUA na condução de bombardeios aéreos contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Fonte: Dow Jones Newswires.