O líder da rede terrorista Al Qaeda, Ayman al Zawahri, convocou hoje os muçulmanos a uma guerra santa contra os Estados Unidos e Israel por causa do vídeo que faz uma sátira ao profeta Maomé, revelado em setembro.
O filme “A Inocência dos Muçulmanos” provocou uma série de protestos violentos em mais de 30 países de maioria muçulmana no mês passado, deixando dezenas de mortos e centenas de feridos.
Em vídeo publicado em sites radicais islâmicos ontem, Zawahri disse que as autoridades americanas “permitiram o filme em nome das liberdades pessoais e da liberdade de expressão”.
No entanto, o líder da Al Qaeda considera que os EUA falham ao expressar estes valores em relação ao tratamento dos presos muçulmanos da base de Guantánamo, do Iraque e do Afeganistão.
Ele qualificou como “leais e zelosos” os responsáveis pela invasão da embaixada dos Estados Unidos no Cairo e os que fizeram o ataque ao corpo diplomático americano em Benghazi, na Líbia, em 11 de setembro. Na ação, foi morto o embaixador Christopher Stevens.
Apesar do elogio, ele não reivindicou para a entidade o ataque ao consulado líbio. O governo americano suspeita do envolvimento da Al Qaeda na emboscada.
Jerusalém
O líder do grupo extremista ainda criticou o presidente Barack Obama por deixar que fosse aprovado o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel na Convenção Democrata, em setembro.
Ele diz que a declaração e as orações feitas por Obama no Muro das Lamentações, em Jerusalém Ocidental, em 2008, mostram que os islâmicos enfrentam uma “cruzada sionista liderada pelos Estados Unidos”.
Zawahri assumiu o controle da Al Qaeda após a morte de Osama Bin Laden, em uma operação das Forças Armadas americanas em maio de 2011, no Paquistão.