A situação emergencial da cidade histórica de Pompéia, na Itália, chegou ao mundo árabe. Após registrar o drama de Nápoles com a crise do lixo, a maior rede de televisão do Catar, Al Jazeera, mandou jornalistas e equipes de reportagem ao país para documentar a degradação do sítio arqueológico da cidade e as medidas tomadas pelo governo italiano.
Antonio Irlando, arquiteto napolitano há anos empenhado na questão de Pompéia, foi entrevistado pela equipe e contou que “fizeram muitas perguntas. Queriam saber porque se chegou a esse ponto e qual é o plano para gerir e superar a emergência”.
A equipe da Al Jazeera filmou e entrevistou os restauradores enquanto eles trabalhavam, além de entrevistar também turistas e guardas. Ficaram surpresos ao descobrir, afirma Irlando, “que não existe um plano geral para a restauração” e que cada equipe trabalha sem saber o que as outras fazem.
Os jornalistas filmaram a parte externa do Antiquarium, fechado há 30 anos para restauração, “e eles continuavam a me perguntar porque passou todo esse tempo e ainda não foi restaurado”, conta o arquiteto.
No percurso, encontraram outros dois restauradores empenhados em limpar as pinturas dos afrescos. O jornalista da Al Jazeera quis saber se, uma vez terminada essa etapa, eles teriam trabalho no resto das termas. A resposta: “Nós trabalhamos aqui por quatro meses e depois vamos embora”.