A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou nesta quarta-feira (21) que investigará as acusações feitas por países árabes, segundo as quais Israel pode ter usado munição com urânio durante sua ofensiva de 22 dias na Faixa de Gaza. Os países fizeram a denúncia em carta ao diretor-geral da AIEA, Mohammed ElBaradei, entregue anteontem pelo embaixador da Arábia Saudita.

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Uma porta-voz da AIEA, Melissa Fleming, confirmou o recebimento da mensagem. “Nós estamos circulando a carta para os Estados-membros e investigaremos o assunto na medida de nossa capacidade”, disse a porta-voz. O embaixador israelense na AIEA, Israel Michaeli, não quis comentar o fato.

O material supostamente usado é o urânio empobrecido, um resto do enriquecimento de urânio que tem uma série de aplicações civis e militares, incluindo como armas para penetrar em tanques e em blindagens.

Houve investigações sobre o uso desse material em alguns conflitos, entre eles a Guerra do Golfo, em 1991, e as ofensivas aéreas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nos Bálcãs, entre 1994 e 1995. O urânio empobrecido poderia ser um risco à saúde se inalado, na forma de poeira. As informações são da Dow Jones.

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