Irã

Aiatolá iraniano descarta fraude e pede fim de protestos

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, descartou hoje a possibilidade de fraudes terem viabilizado a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad e confirmou que o atual chefe de governo venceu o pleito realizado na sexta-feira passada com 24,5 milhões de votos, de um universo de 40 milhões. Em sermão proferido em Teerã, durante as tradicionais orações islâmicas de sexta-feira, o chefe de Estado iraniano pediu calma e paciência à população e advertiu aos opositores do atual governo conservador que eles serão responsabilizados por quaisquer episódios de violência ocorridos durante as manifestações em protesto contra o resultado.

“Com a bênção de Deus, tenho certeza de que esta nação alcançará todos os seus mais ousados objetivos e aspirações”, declarou o líder iraniano em seu primeiro comentário público desde a divulgação do resultado, sucedida por seis dias de protestos de oposicionistas descontentes com a reeleição de Ahmadinejad. Khamenei afirmou que o povo escolheu quem queria para o cargo de presidente e, segundo ele, o processo eleitoral é uma prova da fé dos iranianos no sistema vigente no país.

No sermão, transmitido ao vivo pela televisão iraniana, o líder supremo do Irã defendeu que qualquer dúvida quanto ao resultado da votação deve ser investigada, mas disse não acreditar que tenha havido irregularidades. Ainda assim, Khamenei, que tem a palavra final sobre todos os assuntos de Estado na república islâmica, se declarou pronto para avaliar um pedido de recontagem parcial das urnas depois de os três concorrentes derrotados por Ahmadinejad terem apresentado denúncias de compra de votos.

O aiatolá observou ainda que Ahmadinejad, reeleito para um novo mandato de quatro anos, tem opiniões mais próximas das dele do que os demais candidatos. O presidente reeleito assistiu ao discurso in loco. O pronunciamento de Khamenei ocorre depois de o principal líder de oposição, o moderado Mir Hossein Mousavi, ter esclarecido que as manifestações de ontem eram um protesto apenas contra o resultado eleitoral, e não contra o regime islâmico iraniano. As informações são da Dow Jones.

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