O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, fez duras críticas a Israel e ao Ocidente. Ao falar aos fiéis, durante preces no campus da Universidade de Teerã, ele reiterou sua retórica contrária ao Holocausto, questionando se este “foi um evento real” e afirmou que Israel foi criada sob “alegações falsas e míticas”. Ele também acusou os israelenses de incitarem a oposição iraniana.
Hoje, milhares de oposicionistas participaram dos protestos contra o governo. Ao mesmo tempo, houve passeatas apoiadas pelo regime, no chamado Dia de Quds, para marcar a simpatia iraniana pelos palestinos. Entre os oposicionistas, alguns gritos de guerra criticavam o apoio do regime aos militantes palestinos na Faixa de Gaza e ao Hezbollah no Líbano. Já os partidários do regime chegavam a pedir a morte para os que criticam o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.
Ahmadinejad acusou ainda as potências de um duplo padrão, ao apoiarem Israel e não denunciarem as violações contra os palestinos. Ele afirmou que se insurgir contra “o regime sionista é um dever nacional e moral”.
Dezenas de milhares de pessoas participaram das passeatas com apoio oficial, no centro de Teerã. No ato da oposição, policiais e milicianos reprimiram aqueles que protestavam contra a reeleição de Ahmadinejad. A oposição denuncia fraudes na eleição. Em um dos protestos da oposição, um grupo de conservadores atacou o ex-presidente reformista Mohammad Khatami, derrubando-o no chão, segundo um site reformista. A matéria afirmava que ativistas da oposição auxiliaram Khatami e afastaram os agressores.
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