Mahmoud Ahmadinejad tomou posse para um segundo mandato como presidente do Irã, com um apelo em defesa da unidade nacional e críticas à interferência estrangeira. Fugindo do seu estilo belicoso, o discurso foi sóbrio. A mídia oficial disse que não houve distúrbios, mas testemunhas afirmaram que pelo menos 10 pessoas foram presas.
Ahmadinejad se concentrou na política externa, dizendo que a tornará “mais forte e com novos planos mais efetivos”. Ele não mencionou diretamente as manifestações contra sua reeleição, mas disse que seu governo “resistirá a qualquer violação da lei e interferência”. “Não ficaremos em silêncio, não toleraremos o desrespeito, a interferência e os insultos”, afirmou.
“Por Deus todo-poderoso prometo proteger o sistema da Revolução Islâmica e a constituição; não pouparei esforços para salvaguardar as fronteiras do Irã”, discursou Ahmadinejad. Num apelo à unidade, o presidente disse que os iranianos deveriam se “dar as mãos e seguir em frente” para atingir seus objetivos.
Altas autoridades e clérigos compareceram à cerimônia, que foi boicotada pelos líderes da oposição e pelos parlamentares moderados. A oposição alega que Ahmadinejad fraudou a eleição presidencial de 12 de junho e desde então grandes protestos de rua abalaram a liderança religiosa do país. Pelo menos 30 manifestantes foram mortos durante os protestos, de acordo com as autoridades. As informações são da Associated Press.
