O Produto Interno Bruto da Tailândia será muito menor neste ano se as eleições parlamentares não forem realizadas em 2 de fevereiro como previsto, informou o Ministério de Finanças do país nesta quinta-feira.

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Sem um governo eleito para levar adiante os gastos de 2,2 trilhões de baht (US$ 66,6 bilhões) em gastos com infraestrutura, o crescimento do PIB vai cair para 3,1%, ante previsões anteriores de aumento entre 3,5% e 4,0%, declarou o diretor-geral do Escritório de Políticas Fiscais do Ministério, Somchai Sajjapongse, após a reunião semanal do gabinete econômico.

Em dezembro, o escritório disse que a continuidade dos tumultos políticos poderia reduzir o crescimento para até 3,0%. A confiança, o consumo e a economia real sofrerão e o crescimento do PIB pode ficar em apenas 2,0% se as eleições forem adiadas, acrescentou Somchai.

Com o objetivo de manter a pressão sobre o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e adiar as eleições marcadas para fevereiro, grupos de manifestantes cercaram na manhã desta quinta-feira prédios do governo que ainda não haviam sido alvo das manifestações.

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Os protestos parecem ser uma forma de manter a motivação da oposição, em meio à queda do número de participantes das marchas, que bloqueiam importantes cruzamentos do centro de Bangcoc há quatro dias, numa tentativa de interromper o funcionamento do governo.

Os opositores de Yingluck, principalmente pessoas do sul e das classes média e alta das cidades, afirmam que ela está mantendo as práticas usadas por seu bilionário irmão, ao usar a fortuna da família e recursos do Estado para influenciar eleitores e consolidar seu controle no poder.

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Apesar disso, a premiê conta com amplo apoio entre a minoria rural e pobre do país, principalmente por causa das políticas implementadas por seu irmão, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que está em autoexílio para não ser preso, após ter sido condenado num processo de corrupção.

Apesar da pressão dos manifestantes, Yingluck disse na quarta-feira que a eleições parlamentares de 2 de fevereiro será realizada. Ela dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas para aliviar as tensões, que vêm aumentando nos últimos três meses.

Mas seus oponentes não querem eleições porque sabem que a quantidade de partidários de Yingluck na zona rural garantem a ela uma vitória quase certa. Por isso, a oposição quer que o governo seja substituído por um “conselho popular” não eleito, que deve rever as leis e combater a corrupção na política.

Yingluck disse aos jornalistas, após uma reunião com seu gabinete, candidatos registrados e um graduado funcionário da comissão eleitoral, que não há uma forma legal de adiar o pleito. “Este direito do povo é importante”, afirmou ela.

Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.