As agências de inteligência dos Estados Unidos divulgaram na tarde desta sexta-feira um relatório de 25 páginas intitulado “Avaliando as ações e intenções russas nas últimas eleições dos EUA”, em que dizem que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou um “esforço” para influenciar nas eleições presidenciais americanas. O movimento ocorre uma semana após os EUA anunciarem uma série de novas sanções contra a Rússia, incluindo a expulsão de 35 agentes russos das embaixadas do país em Washington e em San Francisco.

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“Nós avaliamos que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou uma campanha para tentar influenciar nas eleições presidenciais dos EUA em 2016. Os objetivos da Rússia eram minar a fé pública no processo democrático americano, ferir a imagem de Hillary Clinton e prejudicar sua elegibilidade e potencial presidência. Avaliamos, ainda, que Putin e o governo russo desenvolveram uma clara preferência pelo presidente eleito, Donald Trump”, disseram as agências no relatório.

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As agências dizem que “a abordagem de Moscou evoluiu ao longo da campanha com base na compreensão russa das perspectivas eleitorais dos dois principais candidatos”. De acordo com o relatório, “a campanha de influência de Moscou seguiu uma estratégia de mensagens russa que combina operações secretas de inteligência – como a atividade cibernética – com intermediários de terceiros e usuários de redes sociais pagos ou fantasmas”.

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“Nós avaliamos com alta confiança que a inteligência militar russa usou o Guccifer 2.0 e o DCLeaks.com para liberar dados de pessoas ligadas a Hillary Clinton e que tiveram seus e-mails vazados pelo Wikileaks”, disseram as agências no relatório. Ainda foi afirmado que a máquina russa de propaganda contribuiu para a campanha encabeçada por Putin, servindo como uma “plataforma para mensagens do Kremlin para o povo russo e internacional”.

A CIA e o FBI afirmaram ter grande confiança nos resultados mostrados no relatório. No entanto, a NSA disse ter uma confiança moderada.

O presidente americano, Barack Obama, foi informado do conteúdo do relatório na quinta-feira, enquanto Donald Trump se reuniu com dirigentes das agências de inteligência nesta sexta. As agências afirmaram, ainda, que, embora as conclusões estejam todas refletidas no relatório, não é possível incluir todas as informações de apoio, que incluem fontes e métodos específicos utilizados.