O comando da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) anunciou hoje (19) que a partir da próxima semana os integrantes do órgão se reunirão para discutir medidas de reforço ao sistema de segurança das usinas nucleares no mundo. A decisão ocorre logo depois de os líderes mundiais se reunirem, em Nova York para, entre outros temas, debater a questão da segurança radioativa.
As reuniões da Aiea ocorrem em Viena, na Áustria, a partir do próximo dia 25 e durarão cinco dias. O ministro de Energia do Japão, Goshi Hosono, disse que o objetivo é discutir e até, se possível, aprovar um plano de segurança definido pelo governo japonês.
O plano japonês foi elaborado depois dos acidentes radioativos da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, em março deste ano. Os reatores da usina sofreram danos em decorrência do tsunami que se seguiu ao terremoto em 11 de março. Houve explosões e vazamentos.
A área em torno da usina foi esvaziada. Cidades inteiras tiveram de ser evacuadas devido aos riscos causados pelos acidentes nucleares. Até hoje, o Japão vive as consequências dos vazamentos e explosões ocorridos há seis meses. Alimentos produzidos na área de Fukushima estão proibidos para o consumo e muitas pessoas não puderam retornar às suas casas.
Pela proposta japonesa, devem ser enviados inspetores de diferentes nacionalidades para a verificação dos reatores e também dos sistemas de segurança das usinas pelo menos uma vez a cada três anos. Em seguida, devem ocorrer inspeções regulares.
O plano recomenda ainda a criação de equipes de especialistas capazes de respostas rápidas para os casos de emergências nucleares. O ministro japonês fará uma exposição sobre a proposta e mostrará como está a situação na região da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi.