Enquanto os afegãos respeitavam um dia de luto pelas centenas de pessoas mortas em um trágico deslizamento de terra ocorrido na sexta-feira no nordeste do país, autoridades locais empenhavam-se em fornecer ajuda a centenas de famílias que perderam total ou parcialmente suas casas para a torrente de lama e pedras que sepultou grande parte do povoado de Abi Baril, na província de Badakhshan.

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Muitas das 700 famílias afetadas foram obrigadas a deixar suas casas por causa do risco de mais deslizamentos, disse neste domingo o ministro de Reabilitação Rural do Afeganistão, Wais Ahmad Barmak. A chuva na região persistia hoje, dois dias depois da tragédia.

Enquanto isso, engenheiros trabalhavam para fazer escoar a água que alagou parte do povoado após o deslizamento, disse Mohammad Daim Kakar, da agência afegã de resposta a desastres naturais.

Grupos de ajuda humanitária e agentes do governo dirigiram-se à região, perto das fronteiras afegãs com Tajiquistão e China. Eles levaram alimentos, abrigo e água, mas vêm encontrando dificuldade para distribuir a ajuda entre os necessitados.

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“Minha família está viva, minha mulher e meus oito filhos sobreviveram, mas não temos onde ficar. Não temos nada para comer”, relatou Barat Bay, um agricultor de 50 anos de idade. “Passamos as últimas duas noites com as crianças no alto da montanha sem nenhuma tenda, sem nenhum cobertor.”

Até o momento, 250 pessoas mortas na tragédia foram identificadas, mas estima-se que o número total de vítimas possa chegar a 2.700. Cerca de 300 casas foram levadas pela enxurrada de lama. Fonte: Associated Press.

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