O acusado pelo pior massacre político das Filipinas se declarou inocente hoje, durante seu julgamento. Andal Ampatuan Jr., prefeito de uma cidade na província de Maguindanao, onde sua família deteve o poder por vários anos, é o único acusado pela chacina que matou 57 pessoas em 23 de novembro de 2009. Entre os mortos estão políticos rivais e jornalistas.
Ampatuan entrou com uma declaração de inocência no começo do seu julgamento. Segundo os promotores, houve uma “premeditação evidente” nos assassinatos, que foram caracterizados por “força superior, traição e crueldade” da parte dos agressores.
Os promotores afirmam ter testemunhas que dirão que Ampatuan liderou um grupo com mais de 100 policiais e milicianos, que pararam a caravana de opositores num posto de controle perto da cidade que Ampatuan governava. Os agressores então forçaram as vítimas a irem a uma clareira, na ponta de arma, e então mataram todos a tiros. Os corpos foram enterrados em valas comuns.
Pelo menos 30 jornalistas que acompanhavam a caravana, que ia a uma cidade vizinha registrar a candidatura de um político rival, Esmael Mangudadatu, foram mortos. A mulher e as irmãs de Esmael estavam na caravana e foram mortas.
A próxima audiência deverá ocorrer em 13 de janeiro. Os promotores rejeitaram uma pedido do advogado de defesa para que Ampatuan pudesse ser julgado em liberdade após o pagamento de fiança.