Theoneste Bagosora, organizador dos massacres de 1994 em Ruanda, que deixaram mais de meio milhão de mortos, foi considerado culpado por genocídio e condenado à prisão perpétua nesta quinta-feira (18), por um tribunal da Organização das nações Unidas (ONU). A corte apontou que Bagosora entregou armas e ordenou a soldados da etnia hutu e à temível milícia Interahamwe que matassem membros da comunidade tutsi e hutus moderados.

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O juiz Erik Moses disse que Bagosora é culpado por genocídio e crimes de lesa humanidade. As matanças foram cometidas em 1994, depois que o avião em que viajavam os presidentes de Ruanda, Juvenal Habyarimana, e do Burundi, Cyprien Ntaryamira, foi derrubado misteriosamente quando se aproximava de Kigali. Habyarimana regressava ao país após conversações com rebeldes tutsis.

O Tribunal Penal Internacional de Ruanda, sediado na Tanzânia, foi instalado pela ONU em 1997 para processar os responsáveis pelo genocídio.

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