O francês Michel Fourniret, de 65 anos, acusado pelo seqüestro, estupro e assassinato de sete mulheres e crianças, se recusou nesta quinta-feira (27) a falar no primeiro dia de seu julgamento. A mulher de Fourniret também está sendo julgada, acusada por cumplicidade em cinco dos sete assassinatos. Os crimes foram cometidos na França e na Bélgica entre 1987 e 2003. As vítimas, com idades entre 12 e 21 anos, foram mortas a tiros, estranguladas ou apunhaladas com uma chave de fenda.
É um dos maiores casos de um julgamento de um suposto assassino em série na França. O caso está sendo comparado com o do pedófilo belga Marc Dutroux, condenado à prisão perpétua por vários seqüestros, estupros e assassinatos de crianças.
Fourniret apareceu no tribunal ao lado da mulher, Monique Olivier, de 59 anos. Ela é acusada de ajudar a atrair as vítimas. Quando questionado pelo juiz, o acusado levantou um papel com as palavras "Sem um tribunal fechado, ficarei calado".
"Ele é um homem sem consciência", acusou Jean-Maurice Arnould, advogado da família de Elisabeth Brichet, assassinada aos 12 anos. O corpo da garota foi encontrado perto de uma residência que pertenceu a Fourniret, no norte da França.
O acusado foi detido pela polícia belga em 2003 após realizar uma tentativa fracassada de seqüestro de uma garota de 13 anos. A jovem passou a placa do veículo de Fourniret após conseguir se soltar e fugir. Ele foi extraditado em 2006 e está sendo julgado na França, pois seis de suas supostas vítimas eram desse país. Investigadores suspeitam que Fourniret pode estar envolvido em vários outros assassinatos.