O presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, e líderes congressistas fecharam um acordo de última hora na noite de ontem em torno de um corte de cerca de US$ 38 bilhões no orçamento deste ano. A medida evitou o que seria a primeira paralisação das atividades administrativas do governo norte-americano em quinze anos.
Obama classificou o acordo como o “maior corte anual de despesas da história”. O principal negociador dos Republicanos na Câmara dos Deputados, John Boehner, afirmou que, na próxima década, as despesas do governo serão reduzidas em até US$ 500 bilhões. O anúncio do acordo foi feito menos de uma hora antes de o acesso a recursos públicos do governo ser bloqueado.
A paralisação das atividades administrativas da gestão Obama levaria ao fechamento dos parques nacionais e de outros serviços públicos, embora os militares teriam que ficar de plantão e outras atividades essenciais, como a de controle do tráfego aéreo, teriam de ser mantidas.
Em meio à mais acirrada disputa entre os democratas e os ressurgentes republicanos que controlam a Câmara, Obama alertou que uma paralisação do governo poderia abalar a recuperação econômica ao deixar sem trabalho os funcionários públicos.
Os riscos políticos de uma paralisação – o que afetaria um número estimado de 800 mil trabalhadores – eram enormes antes das eleições presidenciais e parlamentares do próximo ano. Os republicanos foram os mais responsabilizados pela inatividade anterior que ocorreu durante a presidência de Bill Clinton, mas não há nenhuma garantia de que isso não poderia acontecer novamente. As informações são da Associated Press.