Um acordo para que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assuma o comando da operação militar na Líbia guiada por um comitê formado por chanceleres do Ocidente e de países árabes deve entrar em vigor nos próximos dias. Para participar da ação, a Otan precisa da aprovação de 28 de seus países-membros, entre eles a Turquia, que insiste em uma operação militar mais restrita e garantias de que não haverá uma ocupação na Líbia.
Mas, após um movimentado dia de diplomacia, que incluiu telefonemas do presidente americano, Barack Obama, aos líderes francês, britânico e turco, um amplo acordo foi acertado para que a Otan obtivesse um importante envolvimento na operação.
O acordo resolverá dois problemas: dará aos Estados Unidos – que estão comandando a intervenção militar na Líbia para evitar que o regime de Muamar Kadafi massacre a população, mas estão com pressa de passar o controle para a frente – uma organização para entregar o comando. E ele também dará uma cobertura política à Otan, que, segundo alguns, não é bem vista pelo mundo muçulmano por causa de sua participação na guerra no Afeganistão.
“Quando essa transição ocorrer, não serão nossos aviões que manterão a zona de exclusão aérea. Não serão nossos navios que necessariamente controlarão o embargo de armas. Isso é exatamente o que as outras nações farão”, disse Obama em uma entrevista à imprensa ontem, em El Salvador.