Acordo com Irã merece ‘séria consideração’, diz FT

O acordo nuclear com o Irã, mediado por Turquia e Brasil, tem mais chances de funcionar desta vez e merece “séria consideração”, na avaliação do jornal “Financial Times”. Em editorial publicado hoje, o diário britânico reconhece que o acerto pode sofrer retrocesso, como já ocorreu no ano passado. No entanto, avalia que a principal diferença agora é o papel desempenhado “pela Turquia e em menor grau pelo Brasil”.

Os dois países, lembra o jornal, estão no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) como integrantes temporários, onde resistiram a pressões crescentes por sanções contra o Irã. “É do interesse dessas potências emergentes mostrarem que têm uma alternativa”, afirma o FT. “Ambos se posicionam como players independentes.”

Conforme a publicação, há ainda outros dois motivos que tornam o acordo mais factível. Um é a garantia de que o urânio de baixo enriquecimento voltará para o Irã. Além disso, uma oferta por escrito sugere que a política refratária de Teerã está combinada com esforços renovados do Ocidente para que os líderes iranianos vejam a necessidade de acordo.

“O que está certo é que esse progresso dá à Turquia e ao Brasil uma participação maior para assegurar uma solução pacífica – e ao Irã um motivo para não fazer com que eles pareçam ingênuos”, conclui o editorial. “Esta é inegavelmente uma mudança positiva.”

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