Ações militares colocam reféns em risco, advertem Farc

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) advertiram hoje que as vidas dos reféns Clara Rojas (assessora da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt), seu filho Emmanuel de 3 anos, e a ex-deputada Consuelo González Perdomo correm "um grave perigo". Em um comunicado divulgado pela agência Anncol, a guerrilha afirmou que "operações militares (colombianas) impedem" a entrega dos seqüestrados.

Há uma semana, as Farc anunciaram que entregariam os reféns para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, como "gesto de boa vontade". Horas após o anúncio das Farc, a senadora colombiana Piedad Córdoba, que atua na mediação com os guerrilheiros, afirmou que os reféns "não serão libertados antes do Natal", com a entrega podendo ocorrer em até 48 horas. "Não faria uma afirmação tão concreta se não acreditasse", disse.

Havia expectativa de que os reféns fossem soltos até hoje no Estado venezuelano do Amazonas, perto da fronteira com o Brasil. Mas o retorno de Piedad a Bogotá, depois de um fim de semana em Caracas, indicava que a libertação teria sido adiada. Hoje e ontem, ela alertou que ações militares na fronteira poderiam adiar ou "até mesmo frustrar" o processo.

Clara foi capturada em 2002 e teve um filho com um guerrilheiro no cativeiro. Consuelo é refém desde 2001. Chávez já havia advertido no final de semana que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, poderia tentar sabotar o processo por não ter interesse em um acordo humanitário com as Farc. Desde novembro, quando Uribe suspendeu a mediação chavista nas negociações, a relação diplomática entre Caracas e Bogotá entrou em crise.

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