Acionistas japoneses pedem suicídio de executivos

Os executivos da Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que opera a usina nuclear japonesa de Fukushima, pediram desculpas hoje, durante a reunião anual com acionistas. “Todos nós, diretores, nos desculpamos profundamente pelos problemas e temores que o acidente causou,” disse o presidente da companhia, Tsunehisa Katsumata, ao citar as consequências do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão em março. “Todos trabalharemos juntos para resolver esta crise o mais rápido possível”.

As desculpas, porém, não surtiram efeitos. Em meio a gritos e insultos, um dos acionistas gritou que os executivos deveriam se jogar no reator da usina e morrer como forma de se responsabilizar pelo fracasso. Outros acionistas exigiram que os dirigentes renunciassem e devolvessem os salários, enquanto outro gritou que todos mereciam o “harakiri”, ritual japonês de suicídio.

Hoje, um funcionário do governo na cidade de Fukushima, capital da província de mesmo nome, anunciou a distribuição de medidores de radiação para 34 mil menores de idade que vivem na maior cidade próxima à usina nuclear. Com a medida, o governo pretende garantir que as pessoas no entorno não se exponham a níveis muito altos de radiação. Os aparelhos serão distribuídos em setembro a menores entre 4 e 15 anos. A cidade de Fukushima, com cerca de 300 mil habitantes, está a 60 quilômetros da usina.

Em meio à situação preocupante, o presidente de Tepoc ainda disse que a empresa fará seu melhor trabalho para controlar a fuga da radiação. Segundo ele, a companhia compensará em breve aqueles obrigados a deixar a usina e também as fazendas cujos produtos foram proibidos pela contaminação. As informações são da Associated Press.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna