Acionistas decidem manter usina japonesa em operação

Em uma sessão de seis horas, mais de 9 mil acionistas da Tokyo Electric Power (Tepco) não apoiaram uma proposta para acabar com o uso da energia nuclear da usina Daiichi, em Fukushima. A usina vive uma crise desde 11 de março, quando um terremoto e um tsunami prejudicaram suas operações.

A reunião foi realizada em um hotel de Tóquio. “Nós gostaríamos de oferecer nossas sinceras desculpas a nossos acionistas e ao povo por causarmos ansiedade em torno do acidente nuclear e do fornecimento de eletricidade”, afirmou o presidente da Tepco, Tsunehisa Katsumata, durante o encontro. “Com o auxílio do governo, nós queremos garantir a sobrevivência da companhia”, acrescentou.

Alguns dos acionistas presentes criticaram duramente os funcionários pela resposta ao desastre na usina Daiichi. Um plano de estabilização da Tepco pretende controlar a situação totalmente até janeiro. Os acionistas aprovaram a nomeação de 17 membros para o conselho da Tepco, incluindo um novo membro e a manutenção do atual presidente, Toshio Nishizawa. Este assumiu o posto de Masataka Shimizu, bastante criticado no início da crise nuclear.

Riscos

Também hoje, um ex-vice-presidente da Tepco, Toshiaki Enomoto, disse que o maior temor da companhia agora é a perspectiva de violentas tempestades, capazes de espalhar o material radioativo contido na usina Daiichi.

Atualmente trabalhando como consultor, Enomoto explicou, falando em Pequim após um seminário, que os responsáveis apressam-se para construir uma cúpula para cada um dos reatores afetados. Dessa maneira, se impedirá que a água contaminada e o material radioativo escapem para o ambiente.

Ele alertou que a água também poderia alagar mais a usina, piorando a contaminação. A Tepco também tem entre seus planos a filtragem dessa água contaminada, utilizando um sistema especial para esse fim. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo