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Morte por acidente de moto cresceu no país.

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Jovens morrem mais por acidentes com motocicletas do que em atropelamentos, segundo o Ministério da Saúde. Para a população de outras idades, os atropelamentos ainda são a principal causa de mortes no trânsito. Dados do ministério revelam que, em 2005, houve 2.284 mortes de jovens entre 15 e 24 anos por acidentes com motos, ante 1.219 atropelamentos na mesma faixa etária. Ao enfocar somente os adolescentes (de 10 a 19 anos), o ministério apontou que, em 2004, os acidentes de trânsito já eram a segunda causa de morte entre todas as outras, perdendo apenas para os homicídios.

A taxa de mortalidade entre adolescentes por acidentes de trânsito, em 2005, era de 15,8 por 100 mil habitantes (quase o dobro da taxa de 8,5 da população em geral). Mas 14 unidades da federação a ultrapassaram e os maiores índices foram registrados nos Estados do Paraná e de Santa Catarina – este último com um índice de 32,9.

Segundo Fátima Marinho, coordenadora de Informações e Análise da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, as mortes por acidentes envolvendo motocicletas têm aumentado em todo o País, enquanto a tendência dos atropelamentos é de redução.

A única cidade que conseguiu diminuir as mortes de motociclistas foi Belo Horizonte (Minas), por causa de um programa que alia os órgãos de trânsito e de saúde. Segundo Fátima, houve um mapeamento das áreas onde mais ocorriam problemas para depois serem adotadas ações preventivas e da área de saúde, como a alocação de ambulâncias mais próximas dos locais de acidentes.

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Fátima prevê que as mortes causadas por acidentes de motos alcancem a liderança no ranking das mortes nos próximos anos. ?A tendência é ainda de um crescimento sem limites?, afirma. Segundo estimativas de especialistas, só a cidade de São Paulo tem 150 mil motoboys, mas apenas 3.496 estão cadastrados e regularizados, apesar de um decreto municipal de 2005 que fez uma série de exigências à categoria.