Acidente com ônibus mata ao menos 35 no Afeganistão

Pelo menos 35 pessoas morreram hoje após a colisão entre um ônibus e um caminhão em uma passagem no norte do Afeganistão, informou o Ministério do Interior. “O ônibus colidiu com o caminhão-tanque e o caminhão entrou em chamas”, disse Abdul Rahman Sayed, chefe de polícia da província. O ônibus viajava do norte até Cabul, ao longo da passagem de Salang, quando houve o acidente. A passagem, 115 quilômetros ao norte da capital, interliga o norte e o sul do país e é considerada perigosa para o tráfego. Em fevereiro, avalanches na área mataram 170 pessoas.

O Ministério do Interior informou hoje que o acidente aparentemente foi causado pela “estreita extensão da via e pelo descuido do motorista”. A pasta disse que várias pessoas foram levadas para hospitais, sem especificar o número de feridos.

Em fevereiro, a passagem de Salang ficou fechada por quatro dias, enquanto encarregados do resgate cavavam a neve para retirar os corpos, após um dos piores desastres naturais do país. Uma série de avalanches soterrou carros e ônibus com neve, deixando centenas de pessoas presas. Os soldados afegãos, auxiliados por moradores locais e cães farejadores, ficaram dias cavando em busca de sobreviventes. O número final de mortos ficou em 170.

A passagem é a rota mais curta ligando as pontas norte e sul do montanhoso país. Uma das mais altas estradas do mundo, a 3.650 metros, a passagem de Salang inclui um túnel de 2,6 quilômetros e foi considerada um feito da engenharia, quando inaugurada com apoio da União Soviética, nos anos 1950.

Graças a seu relativo isolamento, boa parte do norte afegão fica em parte abrigada da insurgência do Taleban, que os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tentam controlar.

O tráfego na passagem Salang está aumentando, com os afegãos se preparando para celebrar o ano novo de Nowruz (o Ano Novo Iraniano), em 21 de março. Muitas pessoas viajam para as províncias do norte a fim de passar o feriado nacional em regiões mais pacíficas do turbulento país. As informações são da Dow Jones.

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